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Manifesto da Cultura e da Educação em apoio a Haddad

outubro 26, 2012

Ontem, em documento encabeçado por Antonio Candido, intelectuais entregaram Manifesto da Cultura e da Educação em apoio a Fernando Haddad, cujo texto termina defendendo voto no professor e ex Ministro da Educação: “Com entusiasmo e convicção, convidamos todos à reflexão e conclamamos o voto em Fernando Haddad“. Leia a seguir a íntegra do documento e quem já o assinou:

Manifesto da Cultura e da Educação em apoio a Haddad

Depois de oito anos intermináveis, a cidade de São Paulo está irrespirável. Seu espaço urbano, cada dia mais desumano, aproxima-se de uma situação de calamidade: o caos no trânsito, a crescente escalada da violência, o descaso com a iluminação pública, a degradação e o sucateamento dos serviços públicos de saúde, educação e assistência social.

Numa política de arrasa-quarteirão, bairros inteiros estão mudando, para pior, sua configuração social e urbanística. Torres, torres e torres erguem-se em ruas desprovidas de capacidade para receber mais automóveis. Enquanto isso, ocorrem recorrentes incêndios em favelas, e seus moradores são jogados na rua.

A atual gestão atingiu uma rejeição histórica. As reivindicações dos moradores da periferia, dos movimentos sociais e dos cidadãos em geral tornaram-se alvo de uma política autoritária e segregacionista. São escassas as políticas públicas voltadas para os que mais precisam delas. Comandada por administradores tecnocráticos e provincianos, a cidade, militarizada, adquiriu contornos de um campo de depressão individual e coletiva.

Antes referência internacional, São Paulo deixou de ser um espaço de inovação e criatividade. No período da gestão Serra/Kassab, enquanto o Brasil brilhou, a cidade se apagou.

Nesta eleição, os moradores de São Paulo decidirão entre duas formas diferentes de administrar a Prefeitura, mas, sobretudo, sobre o modelo de cidade que queremos construir.

Fernando Haddad apresentou um programa de mudanças apoiado em ideias e projetos inovadores. Suas soluções não podem ser postergadas ou ignoradas. Leia mais…

Carta de Alfredo Bosi: “CHEGOU FINALMENTE A VEZ DE O POVO DE SÃO PAULO GOVERNAR A CIDADE DE SÃO PAULO!”

outubro 26, 2012

Leia a seguir a carta que o professor Alfredo Bosi enviou para ser lida em Ato público pró Haddad:

Ato público pró Haddad,   23 de outubro de 2012

Colegas, estudantes, amigos,

Faz cerca de dois anos que muitos de nós estávamos reunidos para manifestar nosso apoio à candidatura de Dilma à presidência da República. A alegria de estar juntos então misturava-se a certa apreensão pelo resultado do segundo turno.  Tudo indica que hoje o nosso quinhão de alegria não conhecerá as sombras daquele momento. Estamos em clima de vitória da candidatura de Fernando Haddad à prefeitura de São Paulo.

Respiramos fundo e temos tempo para refletir sobre o significado do nosso apoio. Cada um terá as suas razões e é o conjunto de todas que dá sentido e vigor a este encontro.  De minha parte, devo dizer que pressinto, nesta candidatura, a esperança de uma renovação do pacto democrático e progressista que presidiu à fundação do Partido dos Trabalhadores, há mais de 20 anos.  Tratava-se  então de uma aliança nova e promissora de forças amadurecidas  em tempos de resistência à ditadura militar. Forças socialmente e culturalmente diferenciadas, mas unidas pelo desejo de que algo de realmente novo acontecesse na política brasileira.     Comunidades de base, como aquela com a qual convivi longamente em Vila Yolanda, bairro fabril de Osasco;   sindicatos independentes que faziam na época greves memoráveis, marcos de um despertar da  consciência operária;  intelectuais de convicção socialista e democrática que militavam fora ou dentro desta universidade e, particularmente, desta faculdade de filosofia, à qual nos honramos de pertencer.   Leia mais…

Wolfgang Leo Maar: “apoio a Fernando Haddad, para evitar que o passado se imponha ao futuro”

outubro 22, 2012

Como professor de uma universidade federal, eu não poderia deixar de recomendar o voto em Fernando Haddad. Posso falar de coisas concretas, feitas; não meras promessas.

Na sua gestão enquanto Ministro da Educação houve uma grande evolução do ensino superior público, que pode respirar após anos tenebrosos.

Na  UFSCar, por exemplo, o orçamento, que ficara estacionado durante o governo anterior, praticamente quadruplicou em relação a 2000.

O número de vagas do vestibular, que quase não se expandiu no governo tucano, praticamente duplicou. As vagas em cursos noturnos cresceram por volta de 300%. Os cursos de Pós-graduação aumentaram em torno de 70%.  A universidade instituiu políticas de inclusão e grande oferta de vagas na Universidade Aberta.

O número de professores, que diminuíra quase 20%, a um nível dramático, duplicou.

Há hoje quase uma centena de obras de todos os tipos sendo tocadas; é claro que na execução de algumas há problemas, mas estes casos não chegam a 10% do total e não ocorrem por falta de recursos federais.

Na Gestão Federal de que José Serra foi ministro praticamente não havia obras em universidades, pois o governo do PSDB abandonou deliberadamente as universidades federais, tratadas à míngua, a pão e água, numa política de óbvia privatização do ensino, quando houve a criação de centenas de faculdades privadas.

Tudo isto não é um caso isolado, restrito a uma instituição: deve haver muitas outras histórias assim.  Na gestão de Haddad no MEC foram criadas 14 novas universidades federais Brasil afora e mais de 100 campi  novos de universidades já existentes, que haviam ficado sem qualquer estímulo de crescimento no governo tucano.

Tudo isto não ocorreu apenas com as universidades: houve uma enorme expansão de Institutos Federais de Ensino, que na gestão Haddad aumentou em número igual ao de todas as gestões anteriores acumuladas…

Estas são razões muito fortes para se votar em Fernando Haddad. É para evitar que o retorno ao passado se imponha ao futuro.

Gil Vicente de Figueiredo: “a cidade de São Paulo terá muito a ganhar”

outubro 22, 2012

Como professor universitário, acompanhei atentamente o trabalho de Fernando Haddad à frente do Ministério da Educação. Assistimos, sob sua gestão, a uma espetacular expansão das Universidades e Institutos Federais (ensino técnico e tecnológico), com muitas novas contratações, investimentos de peso em infraestrutura, bem como melhoria significativa de salários e condições de trabalho dos professores do ensino superior público federal, com importante valorização do mérito acadêmico. O processo acelerado de crescimento e de interiorização do sistema de instituições federais levado adiante nos últimos anos, com qualidade, foi e está sendo fundamental para a democratização do acesso da população brasileira ao ensino superior.
Não tenho dúvidas de que a cidade de São Paulo terá muito a ganhar com a experiência, a competência e, sobretudo, o inequívoco compromisso político de Fernando Haddad com a luta por maior equidade social em nosso País.

Charge do Luiz Gê

outubro 22, 2012

Márcia Denser: Crônica da morte anunciada do PSDB

outubro 20, 2012

em Congresso em foco

Faltando doze dias para o 2º turno das eleições para a prefeitura de Sampa, e somente após críticas massivas pela omissão, o tucano José Serra aveccorreligionários (leia-se comparsas) lançou esta semana, numa livraria da cidade, seu programa de governo. Segundo editorial da Carta Maior, o evento foi na verdade uma espécie de “programa de lazer tucano”, uma encenação de seriedade para ser filmada e tapar buraco na propaganda eleitoral.

A contrapelo das pesquisas e do elevado teor de hipocrisia de um candidato que, após criticar a cartilha anti-homofóbica idealizada pelo MEC, foi obrigado a admitir que, em 2009, quando governador de SP, distribuiu material idêntico na rede estadual – ambos produzidos pela mesma ONG, a Ecos – Serra exerceu sua especialidade: a simulação.

A propósito do exercício supostamente democrático de “discutir a cidade com os cidadãos”, suas propostas mal-ajambradas – afetando um falso rigor técnico e ocultando metas, custos, recursos e a probabilidade de cumpri-las – se resumem a apenas um item, assim descrito pela insuspeita UOL: “Em um dos poucos momentos em que dedicou sua fala às suas propostas, Serra lembrou a promessa de construir 30 AMAs (Assistência Médica Ambulatorial). ‘Mas não a ponto de detalhar onde vamos fazer’ (ressalvou). ‘Isso seria impossível (sic). Mas tem o compromisso”(????????).

Planejamento incrível! Um compromisso exemplar com o eleitor!

A propósito e quase na mesma pauta, ressalto aqui o artigo dessa semana de Emir Sader, “Os tucanos do começo ao fim”, plenamente sintonizado com o que vem repisando esta colunista há séculos. Observa Emir que “os tucanos nasceram de forma contingente na política brasileira, apontaram para um potencial forte, tiveram sucesso por via que não se esperava, decaíram com grande rapidez e agora chegam a seu final”.

Mas ele mata a cobra e mostra o pau, prosseguindo com sua retrospectiva política ao relatar que os tucanos nasceram de setores descontentes do PMDB, sobretudo de Sampa, sob o domínio de Orestes Quércia (de triste memória), tentaram a eleição de Antonio Ermírio de Morais, em 1986, pelo PTB, mas Quércia os derrotou. Daí articularam-se para sair do PMDB e formar um novo partido que, apesar de contar com Franco Montoro, um democrata–cristão histórico, optou pela sigla da social- democracia e escolheu o símbolo do tucano para dar-lhe um toque de brasilidade, isto é, made in Brazil.

Assim como os macacos, as araras, as cobras, abacaxis e bananas devidamente incorporados ao nosso Inconsciente Colonial e a nunca por demais esquecida Carmem Miranda: yes, nós temos tudo isso.

O grupo, essencialmente paulista, foi incorporando alguns dirigentes nacionais como Tasso Jereissati, Álvaro Dias, Artur Virgilio, entre outros. Mas o núcleo central sempre foi paulista – Mario Covas, Franco Montoro, FHC. A candidatura de Covas à presidência foi sua primeira aparição pública nacional. Oculto atrás do perfil de candidatos como Collor, Lula, Brizola, Ulysses Guimarães, Covas tentou encontrar seu nicho com um lema que já apontava para o que definiria os tucanos – “Por um choque de capitalismo”.

A propósito de choques, não deixar de ler A doutrina do choque – a ascensão do capitalismo de desastre, de Naomi Klein, Rio, Nova Fronteira, 2008. Esgota o assunto e elucida de uma vez por todas a doutrina e a prática política do tucanato.

O segundo capítulo da sua definição ideológica inscreveu-se a partir do namoro com o governo Collor, concretizando a entrada de alguns tucanos no governo – Celso Lafer, Sergio Paulo Rouanet: revelava-se a fascinação que a “modernização neoliberal” exercia sobre os tucanos. O veto de Covas impediu que os tucanos fizessem o segundo movimento, isto é, o ingresso formal no governo Collor – o que os teria feito naufragar com o impeachment e talvez tivesse fechado seu caminho posterior para a presidência, via FHC.

Mas o modelo que definitivamente eles seguiram veio da Europa: da conversão ideológica e política dos socialistas franceses de Mitterrand e do governo de Felipe Gonzalez na Espanha. Como corrente ideológica, esta social-democracia (que já não era mais social e muito menos democracia) optava pela adesão ao neoliberalismo, lançado inicialmente pela direita tradicional européia até ser abraçado pelas elites latino-americanas. Aliás, na AL ocorreu um fenômeno similar: introduzido por Pinochet sob ditadura militar, o modelo foi recebendo adesões de correntes originariamente nacionalistas – o MNR da Bolívia, o PRI do México, o peronismo da Argentina – e de correntes social democratas – o Partido Socialista do Chile, a Ação Democrática da Venezuela, o Apra do Peru, o PSDB do Brasil.

Na década de 90, como outros governantes de correntes neoliberais – a exemplo de Menem (Argentina), Carlos Andres Peres (Venezuela), Ricardo Lagos (Chile), Salinas de Gortari (México) – no Brasil, os tucanos puderam chegar à presidência, porquanto a América Latina se transformava na região do mundo com governos neoliberais em suas modalidades mais truculentas.

O programa do FHC foi apenas uma triste adaptação ancilar do mesmo programa ao qual o FMI engessou todos os países da periferia em geral, e a América Latina em particular. Ao adotá-lo, o FHC reciclava definitivamente seu partido a ocupar o lugar no centro do bloco de direita no Brasil, uma vez que os partidos de origem na ditadura – PFL, PP – tinham se esgotado. Quando Collor foi derrubado, Roberto Marinho disse que a direita não voltaria jamais a eleger um candidato seu, dando a entender que teriam que buscar alguém fora de suas fileiras – o que ocorreu com FHC.

A princípio, sua gestão teve o mesmo “sucesso espetacular” que os demais governos neoliberais da América Latina no primeiro mandato: privatizações, corte de recursos públicos, desregulamentações, abertura acelerada do mercado interno, flexibilização laboral. Contava com 3/5 do Congresso e com o apoio em coro da mídia. Também como outros governos, mudou a Constituição para ter um segundo mandato. E da mesma forma que outros, conseguiu ser reeleger já com dificuldades, porque seu governo havia mergulhado a economia numa profunda e prolongada recessão.

Negociou de novo com o FMI, foi se desgastando cada vez mais, uma vez que a estabilidade monetária não levou à retomada do crescimento econômico, nem à melhoria da situação da massa da população e acabou banido, sem apoio, vendo seu candidato derrotado.

Sader sentencia: “Aí os tucanos já tinham vivido e desperdiçado seu momento de glória. Estavam condenados a derrotas e à decadência. Se apegaram a São Paulo, seu núcleo original, de onde fizeram oposição, muito menos como partido – debilitado e sem filiados – e mais como apêndice pautado e conduzido pela mídia privada.

Derrotado três vezes sucessivas para a presidência, perdendo cada vez mais espaços nos estados, o PSDB chega a esta eleição aferrado à prefeitura de São Paulo, onde as brigas internas levaram à eleição dum aliado com péssimo desempenho.”

No caso, o nunca por demais rejeitadíssimo Kassab (meus sais!). Assim, os tucanos chegam a esta eleição jogando toda a sua sobrevivência em São Paulo, com o grave risco de, se perderem, ter decretada sua desaparição política. Até porque ninguém acredita em Aécio como candidato com possibilidades reais à presidência. E Alckmin, ainda menos.

Concluo, repetindo, mais uma vez, o meu “delenda Cartago”: PSDB, requiescat in pace.

GRÁFICA DA FOLHA QUE VAZOU ENEM É CONDENADA

outubro 15, 2012

GRÁFICA PLURAL, LOCALIZADA EM SANTANA DO PARNAÍBA, EM SP

Justiça Federal determina que o consórcio formado pela gráfica Plural, do grupo Folha, que edita o jornal Folha de São Paulo, terá que pagar ao governo R$ 73,4 milhões em função do vazamento da prova do ENEM em 2009

15 DE OUTUBRO DE 2012 ÀS 21:25

Sul21 – A Justiça Federal determinou que o consórcio formado pela gráfica Plural, do grupo Folha, que edita o jornal Folha de São Paulo, terá que pagar ao governo R$ 73,4 milhões, em função do vazamento da prova do ENEM em 2009.

O valor deverá ser pago ao INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais). O ressarcimento serve para indenizar o INEP que na época precisou contrata emergencialmente enditades para repetir a aplicação da prova.

A Justiça Federal de Brasília deu o prazo de cinco dias para que o consórcio, formado pela gráfica Plural do grupo Folha, pague a multa. Se a decisão não for cumprida, o consórcio pode sofrer pena de penhora de bens para garantir que a dívida seja paga.

A prova do Enem foi retirada da gráfica Plural, que funciona em Santana de Parnaíba na grande São Paulo. Em setembro de 2009, o circuito de segurança da gráfica registrou o momento em que um funcionário saía do local com exemplares do caderno dois da prova do Enem debaixo da blusa. Depois ele tentou vender as provas para tevês e jornais.

Com informações do Contexto Livre

(Jornal Sul21)

Recordar é viver: MANIFESTO DOS CINCO MIL EM DEFESA DA EDUCAÇÃO PÚBLICA

outubro 15, 2012

No dia dos professores, é interessante relembrar o que diziam os professores sobre José Serra, em 2010, quando das eleções presidenciais. Na ocasião mais de cinco mil professores universitários de todo o país, assinaram documento intitulado Manifesto dos Cinco Mil em Defesa da Educação, cuja texto iniciava denunciando os “métodos políticos da candidatura Serra”, lembrando que “seu histórico como governante preocupa a todos que acreditam que os rumos do sistema educacional e a defesa de princípios democráticos são vitais ao futuro do país”. De 2010 para cá, Serra e os interesses políticos que representa em nada mudaram, não por acaso até agora não apresentou um plano de governo para a cidade, bem como sua atual campanha para a prefeitura de São Paulo, no lugar de discutir temas relevantes para cidade, prefere rebaixar o debate e intruduzir questões moralistas e/ou preconceituosas.

Nesse sentido, o manifesto lançado pelos professores universitários em 2010, contando com assinaturas de intelectuais como, por exemplo, Antonio Candido, Alfredo Bosi, Fábio Konder Comparato, Carlos Nelson Coutinho, Eduardo Viveiros de Castro, Luiz Felipe Alencastro, Joel Birman, Guido Antônio de Almeida, Marilena Chaui, Ismail Xavier, Sergio Miceli, Laymert Garcia dos Santos, Renato Ortiz, Dermeval Saviani, Modesto Carone,  é mais do que atual. Assim, vale a pena resgatar este documento, cuja íntegra e signatários podem ser conferidos a seguir:

MANIFESTO DOS 5000 EM DEFESA DA EDUCAÇÃO

Nós, cinco mil professores universitários das principais universidades do país, consideramos um retrocesso as propostas e os métodos políticos da candidatura Serra. Seu histórico como governante preocupa todos que acreditam que os rumos do sistema educacional e a defesa de princípios democráticos são vitais ao futuro do país.

Sob seu governo, a Universidade de São Paulo foi invadida por policiais armados com metralhadoras, atirando bombas de gás lacrimogêneo. Em seu primeiro ato como governador, assinou decretos que revogavam a relativa autonomia financeira e administrativa das Universidades estaduais paulistas. Os salários dos professores da USP, Unicamp e Unesp vêm sendo sistematicamente achatados, mesmo com os recordes na arrecadação de impostos. Numa inversão da situação vigente nas últimas décadas, eles se encontram hoje em patamares menores que a remuneração dos docentes das Universidades federais. Leia mais…

Márcia Denser: Cerra, Ruçomano & houtras hecatombes

outubro 11, 2012

Cerra, Ruçomano & houtras hecatombes

Por Márcia Denser

Fernando Haddad surge como uma opção verdadeira numa eleição controversa e plena de absurdos eleitorais

Só por puro masoquismo o eleitor paulistano reelegeria Cerra no segundo turno.

Porquanto Ruçomano – a outra hecatombe alucinógena – foi afastada, graças possivelmente a alguma espécie de iluminação à beira do abismo que acometeu unanimemente todos os candidatos a prefeito em Sampa, fazendo de Ruçomano não só o alvo comum de todos os ataques, como rigorosamente de tiro ao alvo. Mas foi por pouco, dada a votação (tipo 22%) relativamente expressiva da abantesma em pauta. Leia mais…

TÁ TUDO DOMINADO!

outubro 8, 2012

por Ricardo Musse

 Perdoem-me meus amigos da revista Carta Capital, mas se há um grande vencedor nas eleições municipais de 2012 é a presidente Dilma Roussef.

Ela conseguiu se desvencilhar com desenvoltura da armadilha inerente a uma disputa local na qual os partidos da base quase inevitavelmente tendem a se confrontar com certa dose de virulência. Surpreendendo a todos que acreditaram no estereótipo (reforçado pelo seu marketing pessoal) de que ela seria pouco afeita às articulações políticas, Dilma movimentou-se com uma perícia equiparável à ação dos principais políticos brasileiros, um grupo historicamente restrito. Não só conseguiu evitar o descontentamento e a temida (e muitas vezes anunciada) desagregação de sua base de apoio, como logrou contentar a quase todos, desferindo golpes fatais sobre a oposição.

A avaliação das eleições municipais não pode deixar de considerar uma antítese que lhe é constitutiva, de antemão. Os eleitores decidem o voto em função de fatores e prioridades locais, mas, ao fazê-lo elegem partidos que são, por definição, nacionais. Grosso modo, podemos agrupar as forças em disputa em três grandes blocos: o de oposição (DEM, PSDB, PPS), o da assim chamada base aliada (PMDB, PSB, PDT, PRB, PP etc.), e o constituído pelo PT e seu aliado mais próximo, o PCdoB.

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